O Grande Conflito em Nossa Vida:

"Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos e também por mim [...]." Efésios 6:10-19

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

1º Capítulo: Ex Pastor da IASD Conta Tudo! Período: Infância - Do Nascimento Até os 7 Anos de Vida - Família e IASD

Para saber e entender o porquê fui praticamente obrigado a deixar o Ministério Pastoral na IASD (Igreja Adventista do Sétimo Dia) em maio de 1998, e posteriormente no ano seguinte quando solicitei a minha exclusão como membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia do Jardim Eldorado em Palhoça, SC, por meio de uma carta remetida aos administradores da Associação Catarinense da IASD, se faz necessário ler toda minha história de vida, incluindo minha trajetória espiritual como cristão e como Adventista do Sétimo Dia desde minha infância até hoje.

Inicialmente vou escrever e falar um pouco sobre a primeira parte da minha infância, que vai até aproximadamente os sete anos de idade. Vou falar sobre fatos que me recordo com clareza nos meus primeiros anos de vida e sobre a história de alguns antepassados, principalmente do lado materno.

Nasci no dia 16 de dezembro de 1966, na cidade de Lages, SC. Minha história como membro ativo na IASD começou em 1983, quando fui batizado nas águas aos 16 anos de idade. Todavia, até o meu batismo houve uma lacuna de aproximadamente nove anos sem pisar dentro de um templo da IASD. Falarei sobre isso mais adiante. Mas apesar dessa lacuna, desde pequeno tive contato com a igreja, pois fui apresentado a Deus em cerimônia de dedicação de criança na Igreja Adventista do Sétimo Dia, logo após meu nascimento. Na ocasião fui levado por minha mãe Miriam e minha avó Osvaldina para ser dedicado ao Senhor no templo da igreja, sendo assim, posso afirmar que desde que nasci eu já tinha contato com a IASD, pois minha avó materna e minha mãe já eram batizadas e participavam como membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Lages, SC, pelo menos até eu completar sete anos de idade.

Desde o meu nascimento até os três ou quatro anos de idade eu morei no sítio do meu avô, Nelson de Oliveira Muniz, que na realidade era meu "vôdrasto", porque minha avó materna era viúva quando casou com ele. Ele era motorista de caminhão da extinta DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem). As únicas recordações que tenho desse tempo são de um riacho que passava nos fundos da casa do sítio do meu avô e de muitos pintinhos amarelinhos correndo pelo gramado verde. Depois, quando meu avô se aposentou, ele vendeu o sítio e comprou uma casa na cidade de Lages, SC, e fomos morar lá. Ela ficava localizada na rua Coronel Zeca Atanásio, 266, no bairro Sagrado Coração de Jesus, um bairro localizado entre o centro da cidade e o bairro Coral. Era uma casa de madeira, característica da região serrana de SC, e nossa casa que não era pintada, tinha uma sala, uma cozinha, três quartos e uma despensa. O banheiro era uma patente ou casinha de madeira que ficava fora da casa. No quintal da casa haviam quatro ameixeiras e muitas verduras e legumes que minha avó plantava. Eu fui morar lá com minha avó Osvaldina, meu vôdrasto Nelson, meus tios Nelson conhecido por Nelsinho, apelidado de Né, e minhas tias Rute e Tânia. Meu tio Juca morava em Curitiba, PR e minha tia Vera morava em Lages, SC, e depois que se separou foi morar em Joinville, SC. Minha mãe não morava conosco, pois depois da separação com meu pai ela foi trabalhar na IBM em São Paulo, SP, e me deixou para ser criado por minha avó materna. Meus avós maternos tinham ao todo seis filhos, sendo dois do primeiro casamento da minha avó, que ficou viúva do meu avô legítimo João Maria Neto, ou seja, minha mãe Miriam e meu tio Juca, e os outros quatro filhos eram do segundo casamento da minha avó Osvaldina Emy da Silva Muniz com meu "vôdrasto", Nelson de Oliveira Muniz, ou seja, minhas tias Vera, Rute e Tânia, e meu tio Nelsinho.

Cresci numa época e tempo histórico bem diferente de hoje em dia. Naquele tempo não tinham as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) que têm hoje. Internet, a gente nem ouvia falar e muito menos se imaginava o uso de computadores pessoais (PCs) ou aparelhos de celular. Os aparelhos de telefone eram de discagem manual e uma linha telefônica era tão cara quanto uma automóvel, só famílias ricas tinham uma linha e um aparelho. Na realidade, os aparelhos eletrônicos de comunicação (Televisão e Rádio) eram com sistema analógico, a digitalização de dados nem se imaginava. As fontes mais seguras de informação eram os livros e jornais impressos, e o popular aparelho de rádio.  Lembro que na casa do meu avô tinha uma aparelho de rádio feito de madeira, muito bonito para a época, o qual ficava numa posição de honra numa prateleira na cozinha. Além desse rádio meu avô Nelson tinha outro rádio de pilhas, o qual ele costumava ouvir com o volume bem alto ao deitar para ir dormir à noite e ao acordar bem cedo pela manhã. Ele gostava muito de escutar músicas caipiras. Minhas tias Tânia e Rute, que eram adolescentes na época, também gostavam de ouvir as famosas "radionovelas" durante o dia. Lembro também que elas tinham em casa um aparelho de som portátil pequeno, era uma "Vitrola ou Toca Discos", o qual era usado para tocar discos de vinil. E tinha também um "toca fitas K7 com gravador". Hoje, tudo coisas de museu. Na década de 60 quando nasci, dificilmente alguma família pobre tinha um aparelho de televisão ou até mesmo geladeira, pois esses eletrodomésticos ainda eram muito caros e começaram a se popularizar a partir da década de 70.

Consequentemente, as crianças daquela época tinham costumes diferentes e brincadeiras bem diferentes das de hoje em dia. As crianças brincavam na rua com os amiguinhos e vizinhos, e as "brincadeiras e brinquedos daquela época" muitas vezes eram improvisados e feitos de sucatas por elas mesmas, como por exemplo: "pular corda", "bambolê", "pular elástico", "perna de pau", "pé de lata", "estilingue ou funda feita com borracha de pneu de bicicleta ou garrote", "pandorga ou pipa feita em casa", "pião de mão", "bilboquê", "tocar pneu ou tocar aros", "pega-pega", "estátua", "esconde-esconde", "queimar", que era uma brincadeira com bola, "carrinho de rolamento", "jogo de taco na rua", "bolinhas de gude ou jogo de bolinhas de vidro", "jogo de Botão", "jogo de Damas", "jogo de Ludo", e é claro o velho e bom "futebol no campinho" do bairro, de preferência calçando o famoso tênis "kichuteamarrado na canela. Mas quem não tinha um kichute usava um tênis  "Conga" ou "Bamba", ou ainda os coloridos tênis "All-Star". Naquela época a garotada curtia ter esses tênis, já que o celular não existia, a gente queria usar itens de vestuário que estavam na moda para ostentar. Durante minha infância e pré-adolescência eu tive o privilégio de ter um par de cada um desses tênis que citei e usar todos eles com muito orgulho, era pura ostentação. Mas principalmente da minha pré-adolescência até minha juventude nas décadas de 1970 e 1980, essa ostentação não se limitava aos tênis, tinha também o sonho de consumo dos famosos sapatos "Docksides", "Oxford", ou dos sapatos "bico fino" que eram usados com as "calças de pregas", as quais minha avó que era costureira fazia para mim. Outra roupa da época que usei muito na minha pré-adolescência e juventude foram as famosas calças jeans "US TOP", "Lee" e "Levi's".

Quando criança eu também tinha uma coleção do "Forte Apache" para brincar, com soldadinhos e índios de plástico, e eu me divertia muito simulando guerras entre eles inspirado nos filmes americanos de faroeste ou do velho oeste, que de vez em quando passavam na televisão. Lembro que eu costumava brincar com meu Fort Apache no porão da casa da minha avó, na verdade debaixo do assoalho da casa, uma vez que a mesma era sustentada por palanques por causa do terreno em declínio, e porque o porão não era fechado tinha muita poeira lá, e pulgas também. Outra brincadeira que eu fazia no porão era imitar as cenas da Série Televisiva "O Túnel do Tempo". Eu fazia de conta que estava entrando no referido túnel jogando a poeira para cima, não preciso dizer como eu ficava ao final da brincadeira. Quem não gostava nada disso era o meu vôdrasto Nelson Muniz, o qual sempre que me via brincando embaixo do assoalho da casa ficava muito irritado e me dizia vários impropérios, além de pegar a mangueira d'água e literalmente encharcar o porão que era coberto por poeira. 

Eu também gostava de brincar de "bang-bang" com meus amiguinhos, como a maioria não tinha um cobiçado "Revólver de Espoleta", a gente usada um feito de madeira por nós mesmos. Na realidade eram as séries de TV da época que inspiravam muitas das nossas brincadeiras, dentre elas: "Daniel Bonne", "Bat Masterson", do qual eu tive um bonequinho de plástico com casinhas do Velho Oeste e alguns "Cowboys", todavia, a série televisiva que eu mais gostava era as aventuras de "Rin-Tin-Tin", porque sempre gostei de cachorros e o menino protagonista tinha mais ou menos a minha idade. 

Mas antes de chegar a primeira TV em minha casa, eu tinha o costume de me reunir com meus amiguinhos na rua, que na época era de chão, embaixo da luz de um poste, para a gente ficar até tarde da noite conversando ao redor de uma fogueira e contando histórias de terror. Vez ou outra alguém trazia uma batata doce para assar ou alguns pinhões, fruto típico da região, para assar nas brasas do fogo, prática conhecida na região serrana de Lages, SC, como sapecada. Outras vezes a gente saia dali e ia fazer travessuras, como apertar as campainhas das casas e sair correndo, mas também fazíamos coisas piores, coisas de moleques sapecas, como jogar pedras nos telhados das casas ou roubar frutas nas casas dos vizinhos, tais como ameixas, pêssegos e caquis, o seu Atílio que era nosso vizinho se incomodou muito conosco. Talvez por isso ele devolvesse furadas todas as bolas de futebol que caiam no seu terreno. 

Uma lembrança boa da minha infância era quando passava a Patrola na rua de terra onde a gente morava. Quando a máquina passava nivelando a estrada de chão batido, isso era a alegria da criançada que moravam na rua Coronel Zeca Atanásio. A patrola da prefeitura passava e deixava a terra toda revirada, principalmente nas bordas da rua, formando torrões que a gente "usava para brincar" atirando um no outro, fazendo um verdadeira guerra de pedaços de barro. Quando não chovia no ouro dia era uma poeira que ninguém aguentava, e quando chovia era um lamaçal de atolar os pés. Mas a gente gostava muito e se divertia com tudo aquilo. Ainda hoje posso sentir o cheiro de terra sendo revirada quando aquela máquina amarela passava na rua arrastando no chão batido e nivelando a estrada.

Outra lembrança que tenho da casa da minha avó materna era dos dias em que aconteciam temporais e tempestades com muita chuva e vento forte. Como a casa era de madeira e ficava apoiada por palanques, e ainda por cima não era uma casa nova, mas velha, a gente se encolhia debaixo da cobertas e orava pedindo a proteção de D'US porque a casa literalmente balançava com a força do vento. As janelas de madeira com vidros não tinham venezianas e desse modo o vento batia direto pressionando a janela. Recordo que alguns desses temporais a gente ficava segurando as janelas com cobertas para que os vidros aguentassem e não estourassem com a fúria da chuva e dos ventos fortes. Eram momentos de terror e de muita oração e fé no cuidado de D'US.

Eu também gostava muito de brincar no quintal da casa da mina avó Osvaldina, a Dona Didi, como era carinhosamente chamada e conhecida no bairro. Eu gostava de subir nas árvores que haviam no quintal. Tinha quatro ameixeiras, três pés de ameixas vermelhas, um pé de ameixas brancas e um pé de ameixas amarelas, sem falar nos dois pés de pêssegos. A lembrança que tenho da época da floração das ameixeiras é muito linda. Eu ficava admirado com tantas flores brancas que brotavam anunciando o fim do inverno rigoroso de Lages, SC, e a chegada da primavera. Lembro que eu acompanhava cada etapa do processo de amadurecimento das ameixeiras, desde a floração até o surgimento e amadurecimento dos frutos, os quais a gente gostava de tirar das árvores e saborear ali mesmo. Lembro que eu subia naqueles pés de ameixas e ficava procurando os frutos mais maduros para saboreá-los em cima da árvore mesmo. 

Minha avó gostava de cultivar milho, couve, alface, beterraba, cenoura, rabanete, dentre outras hortaliças e verduras que haviam em sua horta caseira. E eu tinha o costume de arrancar um pé de cenoura, lavar e comer, mas o que eu mais apreciava era comer uma folha de couve com um pouco de sal. Quando o milharal estava grande, eu também gostava de brincar lá no meio, fingindo que os pés de milhos eram soldados inimigos com quem eu tinha que lutar com uma espada de madeira, no estilo Zorro. Não preciso dizer que minha avó não gostava nada disso, pois eu sempre acabava me empolgando e quebrando algum pé de milho com uma espadada de madeira. 

Eu devia ter seis ou sete anos de idade quando assisti televisão dentro da nossa própria casa pela primeira vez. Lembro de quando minha avó, que ganhava dinheiro como costureira e vendedora de casa em casa, de Geleia Real e produtos da Avon, comprou uma geladeira e mais tarde um aparelho de televisão.  A geladeira era da marca Cônsul e a televisão era da marca Telefunken, preto e branco, pois não existia ainda televisores coloridos, e minha avó colocou o aparelho em cima da geladeira na cozinha. Na verdade o aparelho de TV era uma caixa de madeira, com os botões de controle na frente, pois ainda não existia controle remoto e para mudar de canal tinha que levantar e ir lá trocar. A tela era literalmente cinza, e na parte de trás do aparelho tinha um monte de válvulas ou tubos. De vez em quando queimava o tubo de imagem a tinha que ser trocado. Recordo que quando a gente ligava a TV ela demorava para aparecer a imagem, porque as válvulas ou tubos precisavam aquecer e incandescer antes dela funcionar perfeitamente. E muitas vezes quando aparecia a imagem eram chuviscos e tinha uma mensagem avisando: "estamos fora do ar por falta de programação". Então eu ia fazer o que mais gostava, brincar com as crianças que moravam na nossa rua, brincar no quintal da casa da minha avó subindo em árvores ou no meio da plantação de milho. Mas o que eu mais gostava mesmo era jogar futebol no "campinho" perto de casa com meus amiguinhos que eram meus vizinhos e colegas de escola. A seguir uma foto do antigo aparelho de TV Telefunken, hoje em dia um produto Vintage.

Televisor Telefunken 14 Polegadas Preto e Branco

Até minha avó comprar esse primeiro aparelho de TV, de vez em quando a gente assistia alguns programas de televisão na casa do seu Déco e da dona Zizi, nossos vizinhos da casa ao lado. Eu era amigo de dois dos filhos deles que tinham mais ou menos a minha idade, o Fredo e a Nalu, e de vez em quando eles me convidavam para ver algum filme ou desenho animado junto com eles, isso quando a gente não acabava deixando a TV de lado e jogando Jogo de BotãoJogo de Ludo ou Jogo de Trilha e Damas.

Mas depois que a TV chegou em nossa casa, quando tinha alguma programação, eu gostava de assistir todas, pois era um momento muito raro e especial para mim, mesmo a imagem sendo em preto e branco e muitas vezes apresentar chuviscos ou ficar distorcida. Além das séries que já mencionei, eu também gostava de assistir outras e os seguintes filmes e desenhos animados daquela época, para citar alguns: "As Aventuras do Zorro, o Cavaleiro Solitário", "Batman e Robin", "Túnel do Tempo", "Os Três Patetas", "O Gordo e o Magro", "Jeannie é Um Gênio", "A Feiticeira", "Ultraman", "Topo Gigio", "Mickey Mouse", "A Pantera Cor de Rosa", "Mister Magoo", "Todos os Desenhos Animados de Hanna Barberra", dentre eles destaco: "Tom e Jerry", "Corrida Maluca", "Jonny Quest", "Os Jetsons", "Os Flintstones", "Tutubarão", "Superamigos", "Scooby-Doo, Cadê Você", também tinham outros desenhos que eu gostava muito, ou seja: "Pica-Pau", "Zé Colmeia", "Lippy e Hardy", "Manda-Chuva", "Papa Léguas", "Speed Racer". Logicamente eu não era o único na minha família que estava fascinado com os programas de televisão, meu avô e minha avó não perdiam um Jornal Nacional sequer, apresentado naquela época pela famosa dupla Cid Moreira e Sérgio Chapelin, e muito menos os programas de domingo: Fantástico e Silvio Santos. Além dos jogos de futebol, como a Copa do Mundo de 1970 por exemplo. Claro que a gente também aproveitava e acabava assistindo tudo junto com os adultos.

Confesso que na minha infância, apesar dos programas de TV daquela época exercerem forte influência sobe mim, na maioria do tempo cresci meio solto nas ruas do bairro onde morava, e entre ficar em casa vendo meus programas favoritos e brincar com meus coleguinhas, eu preferia jogar bola com meus amigos. Eu também tinha a liberdade de ficar até tarde da noite brincando, ou seja, até as 22 horas, porque depois disso todos tinham medo de ficar na rua por causa da "Rapa". Era a época da ditadura militar no Brasil, e a famosa "Rapa" era temida, pois se tratava de um camburão da Policia Militar que fazia rondas depois das 22 horas e abordava quem estivesse na rua, exigindo os documentos pessoais. Sobre essa época da Ditadura Militar não tenho queixas nenhuma, sempre estudei em escolas públicas no Ensino Fundamental e Médio e aprendi a ser um bom cidadão e amar a minha pátria. Durante o Regime Militar, nunca me senti reprimido em nada durante a minha infância, adolescência e início da juventude. Também fiz minha primeira faculdade durante o Regime Militar e quando terminei em 1989 a Constituição Federal de 1988 já havia estabelecido um Estado Democrático de Direitos. 

Estudei meu primeiro ano primário na escola Ondina Neves Bleyer, que ficava no final da rua onde a gente morava. Eu ia a pé para a escola, a qual ficava mais ou menos umas três ou quatro quadras de distância da nossa casa. Era uma escola feita de tábuas de madeira deitadas, e as carteiras eram parafusadas no chão para sentar em duplas. Recordo que quando saia de casa para ir para a escola minha avó sempre ficava me olhando na porta até me perder de vista, mas antes me acenava com mão e me mandava um beijo, e eu fazia o mesmo de longe. Sempre estudei no período matutino, e em Lages, SC, até hoje o inverno ainda é muito rigoroso. No inverno, quando eu acordava para ir para a escola, ainda debaixo das cobertas pesadas na minha caminha, minha avó me perguntava se eu queria comer "belêbeléu" (opção 01) ou "chelêcheléu" (opção 02), era um código para: café com fatias de pão de milho caseiro, feito por ela mesma, com margarina Primor por cima (opção 01), ou, uma panela pequena com café com leite e  pedaços de pão de milho dentro (opção 02). 

Ao levantar da cama, após me agasalhar bem, me dirigia até o fogão à lenha que ficava num canto da cozinha e já estava com o fogo acesso, geralmente minha avó usava lenha cortada ou casca de pinheiro de araucária. Sobre a chapa do fogão quase sempre havia pinhão assando, e eu descascava alguns e colocava no bolso da japona (casaco de inverno) para ir comendo enquanto ia para a escola pisando em poças de água congelada e na geada branca que se formava na grama e na vegetação. O sol de inverno na serra só começava a derreter a geada após as dez horas da manhã, e na escola a professora levava a gente para se aquecer no sol nos dias mais frios. Naquela época passei por uma das situações mais embaraçosas para mim na escola, foi numa ocasião em que eu estava na segunda série primária e por causa do frio intenso acabei fazendo pipi nas calças na minha carteira escolar, nunca consegui esquecer isso. Outra coisa que me deixava constrangido era quando meus coleguinhas que me conheciam da vizinhança onde morava me perguntavam do meu pai, e zombando de mim diante dos demais diziam rindo que eu não tinha pai. Eu sempre respondia que eu tinha sim, mas que meu pai morava em outra cidade.
Casamento dos Meus Pais: 
Miriam Aparecida Neto Schemes e Volni Adelmo Schemes

Infelizmente meus pais se divorciaram quando eu ainda não havia nascido e minha mãe estava grávida. Durante toda minha infância, adolescência, juventude e até hoje (16/02/2017), atualmente com a idade de 50 anos de vida, ainda sinto a ausência do meu pai biológico. Vi e conversei pessoalmente com ele três vezes na minha vida. Lembro quando eu tinha uns cinco aninhos de idade, eu estava dentro de um ônibus urbano com minha avó materna e ela apontou com a mão em direção ao banco que ficava do outro lado do corredor e me disse: "olha, aquele é seu pai!" "Vá lá no colo dele!". Na minha inocência eu fui, e quando sentei no colo do meu pai ele virou o rosto pra janela, ficou com os braços imóveis e não disse nada. Fiquei sem graça e voltei pro colo da minha avó. Depois desse fato, só fui ver o meu pai novamente quando eu tinha 18 anos de idade. Quanto aos meus avós paternos, Claudio Monteiro Schemes e Adélia Valdrigues Schemes, eu não tive convivência e muito menos muito contato com eles, a não ser nas duas ou três vezes em que os visitei na casa deles em Lages, SC, quando eu tinha doze ou treze anos de idade. Infelizmente ambos já faleceram. Contudo, há um ditado que diz que quando duas pessoas se encontram elas nunca perdem nada, apenas ganham, pois sempre fica um pouco ou muito de cada um no outro, e apesar de eu não tê-los conhecido melhor, meus avós paternos me deixaram boas impressões.

O tempo passou e quando eu tinha 18 anos de idade, meu pai me visitou na casa da minha vó. Eu estava sozinho em casa e escutei alguém batendo à porta, quando abri, lá estava um homem um pouco mais baixo que eu, alcoolizado, e me perguntando: você sabe quem eu sou? Não vai me dar um abraço? Eu fiquei imóvel e em silêncio, na verdade eu não sabia como agir, eu sabia que era o meu pai, mas fiquei sem reação. Diante da minha atitude, meu pai tomou a iniciativa e me abraçou chorando como uma criança. Convidei-o para entrar e ele se justificou o tempo todo sobre o passado. Escutei em silêncio e atônito.

No outro dia a cena se repetiu, mas com uma diferença, ele não estava alcoolizado. Então nossa conversa foi melhor. Mas quando eu lhe disse que havia passado no vestibular no Instituto Adventista de Ensino em São Paulo, SP, antigo IAE e atual UNASP, e que eu iria estudar na faculdade de teologia para ser um pastor da IASD, ele vociferou: "você não vai não"! Decidi naquele momento me calar, fiquei em silêncio e não lhe dei resposta alguma, apenas pensei e fiz uma oração ao meu Pai Celestial e deixei ele esbravejar.

Em seguida, conversamos sobre algumas coisas, mas ele insistia em justificar o passado e colocar a culpa em minha mãe e meus avós maternos. Eu era apenas ouvidos. Depois de um tempo ele me convidou para sair e me levou num bar. Pediu uma cerveja e dois copos. Quando ele foi me servir eu coloquei a mão na boca do copo impedindo que derramasse a bebida alcoólica dentro. Meu pai me olhou desconfiado, tomou vários goles de cerveja na minha frente e disse: "você não bebe? Não é homem?"! Eu lhe respondi: "sou mais homem do que você pensa"! Em seguida ele começou a acusar a Igreja Adventista do Sétimo Dia dizendo: "você não bebe por causa daquela religião não é? Foi por causa dessa religião que não deu certo meu casamento com sua mãe!" Eu apenas ouvi e orei em silêncio. Eu estava prestes a viajar para Florianópolis para mais uma colportagem de férias juntamente com estudantes da igreja vindos de vários internatos adventistas de todo Brasil, era o verão de 1985 para 1986. Aquela seria minha quarta experiência como colportor estudante nas férias, e Deus já tinha me abençoado com dinheiro suficiente para pagar um ano de internato e faculdade de teologia em São Paulo, SP, no IAE. Antes de ir embora, meu pai colocou o equivalente a uma nota de cinco reais na minha mão e disse que era pra eu comprar uns doces. Eu recusei, mas como ele insistiu acabei pegando por educação, depois dei como oferta a Deus no culto de adoração no sábado de manhã igreja central de Lages, SC. 

Depois daquele dia nunca mais vi meu pai. Os anos se passaram desde 1985, e no ano de 2004 eu telefonei para uma tia minha em Lages, SC, irmã do meu pai, para saber dele. Ela me disse na época que ele estava morando e ainda trabalhando como mecânico de ônibus na cidade de São Paulo, SP, e que ele tinha mais uma filha que era minha meia irmã, a qual nunca conheci. Essa minha tia também me disse que eu tinha mais irmãos em Lages que eu não conhecia, de outro casamento do meu pai. Fiquei curioso e alguns anos depois acabei viajando pra Lages e conheci alguns deles, mas há irmãos por parte de pai que eu ainda não conheço até hoje. No final de 2018 consegui o contato do meu pai e liguei pra ele. Choramos juntos ao telefone e nos perdoamos em nome de Jesus, pois ele tinha se convertido e era evangélico. No ano seguinte ele ficou muito doente, teve câncer, e faleceu no dia 14 de junho de 2019. A seguir o provável brasão da família Schemes com ano de origem e o significado semiótico do sobrenome "Schemes".

A seguir um breve histórico da origem dos Schömbs na Alemanha e de como chegaram no Brasil. Com o passar de algumas gerações o sobrenome sofreu mudanças e também passou a se chamar Schemes. Tudo começou na cidade de Undenheim na Alemanha, quando Zacharias Schömbs (1645-1707) e sua esposa Anna Magdalena (1646-1715) tiveram o filho Johann Heinrich Schömbs (1675-1743), que se casou com Anna Sybilla Dapper, natural de Nieder Saulheim, Rhinehessen. Desta união nasceu Johann Heinrich Schömbs, em Undenheim, no dia 15 de junho de 1713. Ele foi morar em Worms, Renânia-Palatinado, com sua esposa Catharina Elisabeth Holzemer (1723-1793), filha de Philippi Holzemer e Maria Agnetes. Johann Heinrich e Catharina tiveram o filho Johann Ludwig Schembs, nascido em Worms em 13 de fevereiro de 1739. Johann Ludwig casou-se com Sophia Bertges. Eles tiveram o filho Thomas Schemes (ou Thomas Schömbs, conforme outras grafias), nascido em 08 de fevereiro de 1770. Thomas Schemes está entre os primeiros imigrantes alemães que chegaram ao Brasil. Na Alemanha, Thomas morava em Gundheim, trabalhava como lavrador e lenhador e professava a religião Católica Apostólica Romana. Em 20 de setembro de 1825 ele partiu de Hamburgo a bordo do navio Kranich, acompanhado de sua segunda esposa Anna Margaretha Seipp (vinte anos mais nova) e de quatro filhos, entre eles Felisberta Schemes. Chegaram ao Rio de Janeiro quatro meses depois, e em seguida continuaram viagem no navio Americana rumo a São Leopoldo, onde chegaram em 07 de março de 1826. Anna Margaretha faleceu em 09 de julho de 1885 na cidade de Gravataí no Estado do Rio Grande do Sul (RS). A partir do RS os descendentes da família Schömbs ou Schemes, se espalharam para várias localidades do sul do Brasil.

Em relação aos meus antepassados paternos, há um site com registros de boa parte da genealogia e origem da família Schömbs ou Schemes. O site é: WWW.SCHEMBS.COM

Descobri que tenho ascendência judaica. Minha mãe chamava-se Miriam Aparecida da Silva Neto, depois de casada passou a se chamar Miriam Aparecida Neto Schemes, os sobrenomes Silva e Neto são de origem portuguesa e estão na lista dos nomes com ascendência judaica. Minha avó materna chamava-se Osvaldina Emy da Silva Muniz, como disse o sobrenome Silva também denota ascendência judaica. Minha bisavó materna chamava-se Emmy da Silva, dessa maneira pelo lado materno há um duplo sobrenome que compõe nomes de origem judaica. Minha bisavó Emmy, já guardava e santificava o sábado como membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ao descobrir que tenho ascendência judaica, que também sou filho de Abraão e parte do povo de Israel, isso me trouxe para mais perto de D'US o nosso Pai Celestial e de Jesus, Yeshua יֵשׁוּעַ; O Salvador, O Cristo, O Filho de D'US, O Messias prometido em Isaías 52:13-15 e Isaías 53:1-12

Eu no colo da minha jovem e linda mãe: Miriam Aparecida Neto Schemes

Eu com minha mãe Miriam (Esquerda) e minha "avó-mãe" Osvaldina (Direita)

 Com Minha Mãe Miriam na casa da minha avó materna Osvaldina.

Eu, com minha mãe Miriam Aparecida Neto Schemes 
Ela foi uma mulher de fé que amava a Jesus. Minha mãe tinha uma voz doce e melodiosa quando cantava os hinos do Hinário Adventista do Sétimo Dia, ela gostava de cantar e já tinha participado em coral na IASD. Ela ara uma mulher inteligente, linda por dentro e por fora, doce, meiga, delicada, caprichosa e sonhadora. Como mãe ela era sensível e sábia, sempre com conselhos inspirados, palavras positivas e cheias de fé e amor. Ela era calma e seus gestos eram suaves, nunca vi minha mãe gritar ou se alterar com ninguém, muito menos comigo e meu irmão André. Ela só me transmitiu coisas boas, bem como todo seu amor e carinho e me deixou um exemplo de dignidade e honra como mulher e como mãe.  

Eu com seis anos de idade e banguela, junto com minha mãe Miriam Aparecida Neto Schemes em 1973, foi na casa do meu tio avô Godofredo em Curitiba, PR.

Minha Avó Materna: Osvaldina Emy da Silva Muniz. 
Lembro que ela sempre dizia que nesta vida temos que ter resignação, pois esse mundo é um vale de lágrimas. Hoje, com a idade que tenho e as experiências da vida, entendo melhor o que ela queria dizer com isso. Ela foi uma mulher resiliente, autodidata, que gostava muito de ler. Ela também foi uma mulher sofrida, que passou por vários lutos, pois ainda criança viu sua jovem mãe falecer, depois seu pai. Também ficou viúva duas vezes, teve que sepultar dois filhos, o meu tio Juca e minha mãe Miriam e viveu seus últimos anos de vida com insuficiência renal fazendo hemodiálise por vários anos, e depois viveu alguns anos a mais graças a um transplante de rim. Antes de falecer se decepcionou com a maneira com que fui banido do pastorado da IASD e chorou juntamente comigo. Mas apesar de todo o seu sofrimento ela era uma mulher de fé e muita oração, sempre lia a Bíblia e sempre estava cantando hinos do Hinário Adventista do Sétimo Dia (HASD). Minha avó nunca reclamava da vida, mas tinha um constante sorriso e um profundo espírito de gratidão e amor a Jesus.

Na verdade, sou a quarta geração de Adventistas do Sétimo Dia em minha família por parte de mãe. Minha avó materna, Osvaldina Emy da Silva Muniz, conhecida como "Dona Didi", me dizia que sua mãe Emmy da Silva (nome de casada) era batizada e membro fiel da igreja Adventista do Sétimo Dia, e que ela costumava levar minha avó no sábado pela manhã à igreja na cidade de São José, SC, atualmente município da grande Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, no sul do Brasil. Minha avó também me dizia que elas santificavam o dia de sábado passando as tardes desse dia na praia, onde cantavam, oravam, passeavam e faziam um lanche trazido de casa, um piquenique. Elas moravam em cima de um morro com vista para o mar na cidade de São José, SC. Meu trisavô Júlio, quando veio do Império da Rússia com todos os seus familiares, comprou muitas terras numa região montanhosa à beira mar no município de São José, SC, hoje parte da região metropolitana da grande Florianópolis, SC. No topo desse morro, eles construíram uma casa, a qual pertencia aos meus trisavós Júlio e Elsa. Desse modo, minha avó Osvaldina cresceu e conviveu também com seus avós maternos nessa casinha, principalmente após a morte precoce da sua mãe Emmy, minha bisavó. A casa feita pelos meus trisavós fica em cima de um morro bem alto, conhecido na região como "Morro das Antenas". A casa ficava de frente numa encosta com vista para o mar e as praias de São José, SC. Para subir o morro, há uma rua particular que dá acesso à casa, a qual existe até hoje e os moradores atuais são meus primos em terceiro grau. Essa casa tem muita história, ela atravessou o tempo e passou pela primeira guerra mundial que foi de 1914 a 1918 e pela segunda guerra mundial que foi de 1939 a 1945. Conforme informações do meu primo segundo Eugênio José da Silva, filho do meu tio avô David Nilson da Silva, o qual viveu a sua infância nesse lugar, durante a segunda guerra mundial uma bomba vinda de um navio explodiu no terreno dessa casa deixando uma cratera, ninguém se feriu. Na década de 1990 eu tive o privilégio de visitar e conhecer esse lugar onde minha avó viveu sua infância com seus pais e seus avós maternos. Fui lá com minha avó Osvaldina Emy da Silva Muniz e sua filha, minha tia Rute Terezinha da Silva Muniz, pois na época elas estavam morando em São José, SC. Ao chegar fomos bem recebidos pela tia Elisa, ou, Elisabeth Bonkewitz, uma das filhas dos meus trisavós, irmã da mãe da minha avó, ou seja, filha da minha bisavó Emmy da Silva (nome de casada). Lembro que tomamos café da tarde com eles e depois fomos apreciar a vista panorâmica da orla marítima lá de cima como um binóculo. Havia também um balanço embaixo de uma árvore e um banco de madeira voltado para a direção do Oceano Atlântico. Nunca comi tanta pitanga tirada do pé como nessa ocasião em que visitei a casa onde viveram meus trisavós Júlio e Elsa Bonkewitz, bem como seus familiares, dentre eles minha avó materna, a "Dona Didi". Aquela visita foi um grande privilégio em minha vida, pois considero muito importante saber quais são as nossas raízes e origens, para que possamos honrar a memória daqueles que nos deram a oportunidade de existir. A seguir uma foto da referida casa com alguns antepassados, provavelmente esse retrato foi tirado na década de 1910. Vale lembrar que tirar fotografias naquela época era algo extremamente raro, pois nem todos podiam pagar.

Casa construída provavelmente na década de 1910 pela família dos meus trisavós maternos, Júlio Bonkewitz e Elsa Bonkewitz (nome de casada), ou, Elsa Fausel (nome de solteira), eles são o casal que está em pé na porta da casa, ou seja, eles são os meus trisavós. Identificando na foto os adultos da esquerda para a direita: Arnoldo Bonkewitz com sua filhinha no colo é um dos filhos dos meus trisavós. Ao lado dele sua esposa conhecida pelo apelido de "Tia Nono". Em seguida Elisabeth Bonkewitz, ou tia Elisa como era chamada, filha dos meus trisavós. Ao seu lado está Helena, chamada de tia Erna, e em seguida na ponta da direita seu esposo, um homem cujo sobrenome era Magalhães, ele está segurando um menino no colo, provavelmente filho do casal. As três crianças da frente provavelmente poderiam ser filhos, primos e/ou sobrinhos de algum deles, mas não consegui identificar. 

Da esquerda para a direita, na frente: Minha bisavó Emmy Ementina Bonkewitz (nome de solteira), depois Emmy da Silva (nome de casada) com seu filho Davi da Silva no colo. Atrás dela, em pé de gravata borboleta está meu bisavô Juventino José da Silva, nascido em 07/05/1905 em Portugal e falecido em 05/07/1967 na cidade de Joinville, SC. Conheci o local do túmulo dele por ocasião do sepultamento do meu tio avô David Nilson da Silva em 09/06/2021, o qual foi sepultado no mesmo jazigo de seu pai. Meu bisavô Juventino e minha bisavó Emmy tiveram seis filhos: Godofredo José da Silva; Osvaldina Emy da Silva; Moacir José da Silva; David Nilson da Silva; Enoch José da Silva e Ruthi da Silva. Na foto, minha avó materna Osvaldina Emy da Silva (nome de solteira) está na frente da minha trisavó Elsa Fausel (nome de soleira), que está vestida de preto. Ao lado dela está seu esposo, meu trisavô Júlio Bonkewitz, com sua netinha Ruthi da Silva no colo (nome de solteira), logicamente filha da minha bisavó e que faleceu ainda jovem depois de casada com o nome de Ruthi da Silva Valger. E na ponta da direita está Godofredo José da Silva, mais um filho da minha bisavó. Na parte de trás o rapaz com terno preto está Arnoldo Bonkewitz, filho dos meus trisavós, logicamente irmão da minha bisavó Emmy, e ao seu lado sua esposa com a filha deles no colo. A outra moça ao lado dele é sua irmã Elisabeth Bonkewitz, conhecida como tia Elisa, logicamente filha dos meus trisavós e irmã da minha bisavó Emmy Ementina Bonkewitz.  As duas meninas e o outro rapaz que estão atrás da minha trisavó Elsa eu ainda não consegui identificar em minhas pesquisas feitas entre familiares.

A seguir a mesma foto aprimorada e colorida em programa de computador pelo meu irmão André Ângelo da Silva Neto Bigonis.


Observação: 
Para Mais Informações Sobre Meus Antepassados Clique Nas Fotos


Ao centro da foto, o casal com roupa preta são meus trisavós maternos, eles vieram como imigrantes para o Brasil na década de 1900, provavelmente fugindo da revolução Russa de 1917. Minha trisavó era da Alemanha, segundo consta em sua certidão de casamento, todavia conforme informações colhidas entre meus parentes, dentre eles minha avó materna Osvaldina, meu tio avô David e meu primo segundo Eugênio, provavelmente minha trisavó tenha nascido na Polônia, e meu trisavô era do Império da Rússia, eles viajaram e se conheceram no mesmo navio que veio para o Brasil e casaram assim que desembarcaram em solo brasileiro, na cidade de São José, SC, no dia 11 de outubro de 1902. O nome da minha trisavó era Elsa Catharina Fausel (nome de solteira), filha de Ernesto Fausel e Ida Fausel, meus tetravós. O nome do meu trisavô era Júlio Bonkewitz, filho de Augusto Bonkewitz e Maria Bonkewitz, meus tetravós. Eles foram imigrantes colonizadores que compraram muitas terras no município de São José, SC. Minha bisavó Emmy da Silva (nome de casada) está de blusa branca sentada com um de seus filhos no colo, provavelmente meu tio avô David da Silva. Atrás dela está meu bisavô Juventino José da Silva vindo de Portugal, de família de portugueses provavelmente de origem judaica, que vieram para o Brasil fugindo da "Santa Inquisição" da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR). O menino que está no colo da minha bisavó é o meu tio avô David Nilson da Silva, irmão da minha avó materna. Minha avó materna Osvaldina Emy da Silva, de roupa vermelha com decote em "v" e camisa banca por baixo, está na frente da sua avó e minha trisavó com roupa preta. Meu trisavô está com sua netinha Ruthi da Silva no colo (nome de solteira), irmãzinha da minha avó, minha tia avó, e ao seu lado está seu outro irmãozinho chamado Godofredo José da Silva, com uma roupa verde clara e listrada. Sendo assim, nessa foto estão três gerações de antepassados maternos, ou seja, meus trisavós, meus bisavós e seus filhos, os quais são meus tios avós, e minha avó materna. Os demais componentes da foto eu não consegui identificar, mas provavelmente devem ser tios, tias, primos e primas dos meus tios avós, meus parentes antepassados também. A seguir algumas certidões comprobatórias dos meus antepassados por parte de mãe:
Certidão de casamento dos meus trisavós maternos

Como já disse, minha trisavó e meu trisavô se conheceram em um navio quando vieram da Europa para o Brasil na década de 1920, sendo ela da Alemanha e ele do Império da Rússia, e casaram quando chegaram no Brasil. Minha bisavó Emy da Silva, filha deles, depois de adulta se tornou a única Adventista do Sétimo Dia na Família. Desse modo, minha bisavó Emy da Silva já guardava os mandamentos de Deus e era fiel a Jesus. Quando eu era criança, fui criado e educado por minha avó materna Osvaldina Emy da Silva, a qual era viúva e estava no segundo casamento, adotando o sobrenome Muniz. Fui criado pela minha avó porque minha mãe e meu pai haviam se divorciado logo após meu nascimento e ela foi trabalhar na cidade de São Paulo, SP. Como minha avó era membro e frequentava a IASD central de Lages, SC, eu ia junto, e dessa maneira lembro das experiências religiosas da minha primeira infância com satisfação, as quais descreverei a seguir. Mas antes, mais um pouco dos meus antepassados.

Na roça ou sítio do meu vôdrasto, entre galinhas e uma vaca magra, da esquerda para a direita estão: minha tia Vera, minha tia Tânia, meu tio Juca, minha mãe Miriam, meu avô Nelson de Oliveira Muniz e minha avó materna Osvaldina Emy da Silva Muniz, única Adventista do Sétimo Dia na família, e agachada aos pés da minha avó está minha tia Rute. Não está nessa foto o meu tio Nelsinho, o Né, ou Nelson de Oliveira Muniz Filho, com quem cresci em minha infância como se fosse meu irmão, pois ele era apenas um ano mais velho que eu, e ainda não tinha nascido.

Minha avó materna, Osvaldina Emy da Silva Muniz, segurando minha mãe Miriam Aparecida Neto Schemes, recém nascida no seu colo 

Recordo que, quando mudamos da roça (sítio) para morar na cidade de Lages, SC, em nossa casa sempre havia momentos de oração dirigidos principalmente por minha avó Osvaldina, principalmente na hora do almoço e na hora de dormir, essa prática predominou até aproximadamente meus sete anos de idade. Eu gostava muito porque minha avó cantava para mim com sua voz de contralto com muito carinho, e antes de eu adormecer ela sempre me lembrava de orar e agradecer a Deus pelo dia. Um dos hinos do Hinário Adventista (HASD) que ela cantava pra mim era o de número 52 - "Vestido Em Linho". Na minha imaginação infantil eu visualizava Jesus descendo do céu pendurado num fio de linha. Eu gostava muito e sempre pedia pra ela cantar esse hino. Considero o hino "Vestido em Linho" como um dos mais belos louvores sobre Jesus.

Vestido em linho Jesus desceu,
Trazendo salvação;
De mirra o bálsamo traz do Céu,
Beleza e perfeição.

CORO: Vindo ao mundo, deixou no Céu
Palácios de marfim;
Glória não quis; em dor morreu.
A cruz suportou por mim.

Trazendo em Si de aloés o odor,
A morte atroz sofreu;
Provou aqui amargura e dor;
Ao mundo abriu o Céu

Olor de cássia as vestes têm:
Sim, Ele ressurgiu;
E junto ao Pai Se assentou no além;
Ao homem redimiu.

Os anos se passaram rapidamente em minha infância. Naquele tempo, no final da década de 60 os primeiros aparelhos de TV em preto e branco ainda não tinham se popularizado, muito menos havia Internet, computador ou celular, então nossas brincadeiras eram na rua com todos os amiguinhos e vizinhos do bairro. Essa era a rua de chão onde morei até os dezoito anos: Rua Coronel Zeca Atanásio, 266. Bairro Sagrado Coração de Jesus, Lages, SC. Recordo que a gente se divertia muito quando passava a máquina de patrola para nivelar a rua de terra.  

O local é a rua Coronel Zeca Atanásio em Lages, SC, na década de 1970. Da esquerda para a direita: Meu amigo Ricardo Reich, Meu irmão André Ângelo da Silva Bigonis, eu com meu cachorrinho de estimação e minha prima Luciana Muniz.

Apesar de Ser de Família Pobre Eu Tive Uma Ótima Infância 
Eu com 12 anos de idade e Minha Primeira Bicicleta Caloi

Lembro de uma vez que eu estava brincando numa casa abandonada que ficava na frente da casa da minha avó juntamente com alguns amiguinhos vizinhos da mesma rua, aconteceu algo comigo que nunca esqueci. Eu estava correndo ao redor da casa quando pisei numas tábuas podres e escorreguei para dentro de um poço abandonado, bem fundo, só não cai lá dentro porque consegui me apoiar com os dois cotovelos numa das tábuas que não estava tão podre. Fiquei ali pendurado pelos braços e pedindo ajuda. Consegui em seguida me erguer e sair daquela situação. Essa foi a primeira vez que eu considero que Deus me livrou da morte e me guardou com seus santos anjos de luz, porque aquele poço era muito fundo e com certeza eu poderia ter morrido naquele dia, eu devia ter uns seis anos de idade.

Na minha casa, ou, na casa da minha avó, que era muito simples e humilde, mas que era muito bem limpa, havia o costume de praticar a oração de ações de graças na hora do almoço. Eu gostava e participava com respeito e reverência, pois acreditava que Jesus estava ali. Observe o quadro na parede, acima do rádio que está numa prateleira (televisores preto e branco eram caros e ainda não tínhamos um), no quadro havia a seguinte imagem: uma família está em pé em oração ao redor da mesa posta e uma menininha está puxando a cadeira para Jesus sentar. Minha avó sempre deixava uma cadeira vazia na mesa e dizia que Jesus estava ali conosco. Eu ficava só imaginando. 

Oração de Ações de Graças Pelo Alimento
Da Direita Para a Esquerda: Minha Tia Tânia, Meu Tio Nelson (Né), Minha Avó Osvaldina, Eu, Meu Padrasto Carlos e a Irmã Maria Selma da IASD central de Lages, SC.

Aprendi Desde Cedo Com Minha Avó e Minha Mãe a Praticar a Oração
(Atrás de mim o quadro a que me referi anteriormente)

Lembro que quando ia na igreja sábado pela manhã com minha avó a gente ia andando a pé. Morávamos a cerca de 4 ou 5 quilômetros da igreja central de Lages, SC, dessa maneira eu aproveitava para ir fazendo algumas brincadeiras pelo caminho. Quando chegávamos lá, eu ia para a escolinha sabatina com historinhas bíblicas para as crianças, que ficava numa sala nos fundos da igreja. Com o passar dos anos essas idas foram ficando cada vez mais raras, até que finalmente, aos sete ou oito anos de idade, eu não fui mais na igreja porque minha avó deixou de ir e minha mãe estava morando em São Paulo, SP.

IASD Central de Lages, SC - Saída do Culto - Ano: 1973

Da esquerda para a direita - Pastor Ilto Américo Vaz, Carlos Bigonis, eu com seis ou sete anos de idade, atrás está a irmã Maria Selma de óculos e minha tia Rute. Minha avó Osvaldina está com vestido xadrez e a da ponta direita eu não lembro

Minha avó Osvaldina e minha mãe Miriam lendo a Bíblia e eu cochilando no braço da minha mãe na hora do culto
 
No culto Divino do sábado pela manhã na IASD de Lages, SC - 1973 
Minha avó Osvaldina, meu padrasto Carlos me abraçando e eu, como sempre, com muito sono na hora do culto

Minha delicada Mãe Miriam Aparecida Neto Schemes
Foto tirada pelo meu padrasto Carlos quando eles ainda namoravam em São Paulo, SP.

Minha mãe Miriam ainda estava morando em São Paulo, SP, havia casado novamente com meu padrasto Carlos, o qual se converteu e se batizou na IASD para casar com ela. Na ocasião das fotos acima eles haviam viajado para me buscar em Lages, SC, e morar com eles em Hortolândia, interior do Estado de SP. Foi muito difícil pra mim morar longe da minha Avó-Mãe, pois foi ela que me criou desde bebê e me educou nos caminhos de Deus em minha infância. Em Hortolândia estudei o primeiro ano primário no IASP - Instituto Adventista de São Paulo. Frequentei o colégio adventista na primeira série primária, minha família morava a algumas quadras do IASP, eu estudava pela manhã e lembro muito bem dos valores ensinados por minha professora. Lembro também dos cultos na igreja do colégio, onde ia com minha mãe Miriam e meu padrasto Carlos. As fotos a seguir mostram o tempo em que morei com minha mãe e meu padrasto em Hortolândia, SP. 

 Minha Mãe Miriam e Meu Padrasto Carlos no dia do Casamento

Tenho muitas boas lembranças deste período da minha vida, eu tinha seis anos de idade e lembro que no pátio do IASP os alunos ficavam em fila para catarem o hino nacional antes de entrarem para as salas de aula. Mas o que mais me recordo e o que mais está vivo em minha memória são os cultos na igreja do colégio. Infelizmente não vivi mais de um ano em Hortolândia, pois minha mãe e meu padrasto se separaram, e eu, voltei a morar em Lages, SC, com minha avó materna Osvaldina, a dona Didi, como era carinhosamente conhecida. Vários anos mais tarde, quando eu tinha cerca de 20 anos de idade, pude voltar no IASP e ver o prédio onde estudei meu primeiro ano primário. 

Foi numa manhã de sábado ou domingo, não tenho certeza, eu estava brincando numa caixa de areia quando ouvi os gritos da minha avó descendo a rua do colégio, ela chamava meu nome, e quando a vi saí correndo em sua direção com meu coração disparado de alegria, eu estava com muita saudade dela. Me recordo que alguns dias depois fomos pegar o trem para irmos embora para São Paulo, SP, e depois o ônibus para Lages, SC. Se por um lado eu estava feliz de ir embora com minha avó, por outro estava triste de me afastar da minha mãe. Após o divórcio minha mãe ficou em São Paulo, SP, para trabalhar na IBM, pois empregos eram mais fartos em São Paulo do que em Lages. A seguir uma foto tirada na nossa humilde casinha meia-água no ano de 1972, quando minha avó materna Osvaldina foi nos visitar em Hortolândia, São Paulo, juntamente com sua filha Vera e sua netinha Luciana.

Da esquerda para a direita: Minha avó materna, Osvaldina Emy da Silva Muniz; Eu sorrindo de felicidade com seis anos de idade; Minha mãe Miriam Aparecida Neto Schemes em pé, Minha tia Vera e minha priminha Luciana. Infelizmente todas já faleceram. 

Ao chegar em Lages, SC, minha avó foi me matricular na Escola Municipal Ondina Neves Blayer e não havia mais vagas para a segunda série na época, para eu não ficar sem estudar me matricularam novamente na primeira série. Eu lembro que já estava alfabetizado e a professora me colocou para ajudar os coleguinhas que ainda não sabiam escrever e nem ler. Desse período lembro que havia as aulas de Educação Religiosa como forma de Catequese Católica Apostólica Romana e eu achava algumas orações muito estranhas, como a da Ave Maria por exemplo, pois em casa eu havia aprendido que a oração era uma conversa com Deus ou se fazia a oração do Pai Nosso. Lembro que sempre que surgia questões relacionadas a Bíblia eu estava mais informado do que meus coleguinhas, por causa das historinhas que eu ouvia na igreja e daquelas que minha mãe-avó contava para mim em casa.

Estudei os quatro anos das séries iniciais nessa escola, que ficava mais ou menos a uns dois quilômetros de casa. Lembro que sempre ia a pé e minha avó ficava na porta me olhando até eu chegar na esquina, eu olhava pra ela e mandava um beijo antes de prosseguir. Até esse tempo eu ia na igreja com minha avó e participava da classe da escola sabatina para crianças que ficava numa sala nos fundos da igreja.

Resumidamente essa foi a primeira fase da minha infância até os sete anos, apesar de tudo eu era uma criança feliz e amava demais minhas duas mães Miriam, mãe biológica e Osvaldina, avó e mãe do coração.

A seguir algumas fotos da minha infância com a música: "Lindo és Meu Mestre", que minha avó Osvaldina e minha mãe Miriam cantavam quando eu era pequeno:
 

7 comentários:

  1. Olá,Jorge! Vi seu vídeo no Youtube e através dele cheguei a essa página. Li a primeira parte do seu testemunho na IASD. Estou estudando um pouco da obra de Ellen G. White, a começar pelo livro "Ainda Existe Esperança", que foi distribuído gratuitamente no ano de 2010. Eu realmente estou dividido quanto à verdade da profetisa Ellen Gould White, e venho pedindo a Deus que ele me mostre a verdade. Não quero ser enganado e aceitar falsas doutrinas. Vi vários relatos na internet, mas até agora nenhum me convenceu. Estou ansioso para saber o restante do teu testemunho, se puder me ajudar com algum conhecimento, e/ou me indicar um caminho de estudos que me leve aos erros da Sra. White, ficaria muito feliz. Obrigado, que Deus te abençõe!

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  2. Paz em Jesus!!!
    Leia o Livro Caminho a Cristo disponível em www.teologiahoje.blogspot.com e ore pedindo que o Espírito Santo te ilumine e te revele se ela recebeu o dom de profecia ou não. Depois conversamos e oramos juntos.

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  3. Olá,Jorge,
    Tudo bem?
    Conheci por aqui um pouco da sua história e fiquei impressionado com seu relato. Parabéns!
    Sou escritor por encomenda com 37 anos de experiência retratando trajetórias pessoais e familiares, evitando que sejam apagadas gradativamente pela ação do tempo.
    Acredito que suas vivências, etapas conquistadas e momentos de superação merecem ser resgatados e preservados através de textos e imagens, como referência para todas as gerações.
    Posso desenvolver o livro numa condição bem atrativa como ghost-writer.
    Assim você terá uma obra biográfica com sua autoria e estilo, sem se preocupar com a elaboração do conteúdo.
    Estou à disposição para mais esclarecimentos.
    Posso enviar exemplos de livros produzidos, se quiser.
    Para conhecer o meu histórico profissional, acesse https://www.recantodasletras.com.br/autores/oscarsilbiger
    Obrigado e até breve!
    Oscar Silbiger / Vida Escrita
    19 99217-7849 Zap

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  4. Irmão, só tenho dois anos de Igreja. Mas estou muito prá baixo por aqui eu ver muitas coisas erradas da Igreja Adventista. Tenho assistido muitos vídeos aqui no YOUTUBE e tenho ficado muito triste não querendo mais frequentar a Igreja. Estou muito confusso!

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    1. Paz em Jesus!!!
      Olhe firmemente para Jesus. Ore a Jesus sempre. Mantenha sua comunhão com Jesus sempre constante. Mantenha-se unido a Jesus pela fé. Ame o salvador e sirva o Salvador. O resto do que acontece não interessa. Leia e medite na Palavra de deus todos os dias com oração. Peça que o Espírito de Jesus, o Espírito Santo dirija teus pensamentos, intenções, palavras e ações para o honra e glória de Deus.

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  5. Mais uma dica, Leia o Livro Caminho a Cristo de Ellen G. White.

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Paz em Jesus!!!
Obrigado pela sua participação, que o Senhor o(a) abençoe e guarde!
Cordialmente,
Jorge Schemes

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